Bem que gostaria de ser bem detalhista nessa descrição, descrevendo não só as ações mas os sentimentos envolvidos em cada momento da tentativa de resolução desse problema, porém, para não me alongar (muito), e sei que o interesse maior das pessoas que vem ao blog é a parte técnica da questão, então vamos direta a ela.
Domingo, dia 07, fui fazer uma prova e o carro resolve aprontar não sustentado a marcha lenta. Bastava reduzir a velocidade e tirar o pé do acelerador para o carro estancar. Tava chovendo muito, então deduzi que seria algum mau contato devido a água que entra no carro.
Segunda, dia 08, fui para o estágio tendo que dar partida ou aproveitar o embalo e botando pra pegar no tranco a cada redução de velocidade. Um tormento!
Resolvi testar o atuador da marcha lenta, fazendo igual como vi descrições na internet. Retirei o atuador, liguei a chave e vi o pino saltar longe. Pronto! Deduzi que o atuador estava com defeito.
Fui com o carro morrendo até uma autopeça e comprei o atuador da marcha lenta. Fiz a troca ainda na rua e o carro foi sem morrer até chegar em casa.
Terça-feira, dia 09, fui até o estágio com o carro morrendo. Pois é, estava funcionando ontem, mas hoje no meio do caminho recomeçou o defeito. Ao sair do estágio, fui para a autopeça onde havia comprado o atuador e eles disseram que não poderiam olhar o meu carro por falta do scaner. Fui em outra autoelétrica e disseram não ter tempo para olhar. Na verdade sei que o problema é o carro velho e que olhar um bicho desses é dor de cabeça. Por isso o melhor mecânico do seu carro, será sempre você.
Na quarta-feira, dia 10, fui até o seu Paulo (mecânico de confiança), e este disse que o meu atuador da marcha lenta velho talvez tivesse funcionando, o problema foi como realizei o teste. Pois para fazer o teste corretamente, é necessário segurar o atuador, encostar a ponta em algum lugar e aí sim ligar a chave. Caso o pino se mova, então é bem provável que esteja ok. Fizemos esse procedimento e o atuador velho funcionou. Seu Paulo indicou uma oficina que trabalha com injeção. Fui bater lá com o bolinha.
Lá chegando o mecânico disse que o scaner tava travado. Insiste explicando o que havia ocorrido até o momento e ele resolveu dar uma olhada. Limpou o bico injetor e desligou o sensor da borboleta. Pronto! O carro “normalizou”! O diagnóstico, defeito do sensor da borboleta. Áh! Ele também testou a bomba de combustível e essa estava ok.
Só uma coisa, o teste de desligar um sensor ou atuador e ver o carro normalizar não serve! Pois, como o Dr. Carro já disse diversas vezes, isso deixa o carro funcionando em um “modo de emergência”, fazendo com que o carro ande, mas não dentro de sua normalidade e assim mascarando o problema. Imagine que um sensor ou atuador pife no meio de uma estrada a noite. É claro que o carro deveria apagar, mas o carro tem esse modo de funcionamento, “emergência”, exatamente para permitir chegar até um lugar e fazer o reparo. O consumo aumenta e o sistema não fica estável, mas funciona.
Porém não diagnostica nada!
Voltei lá na autopeça que me vendeu o atuador da marcha lenta e pedi pra trocar em um sensor da borboleta. Paguei R$10,00 de diferença (o atuador havia custado R$65,00) e levei o novo sensor da borboleta pra casa. Fiz a troca e adivinhem... Não funcionou!
Fiz o ilógico, coloquei de volta o sensor velho. Não funcionou. Coloquei o sensor novo. Não funcionou. Recoloquei o sensor velho. Funcionou. Funcionou? Isso mesmo! Funcionou! Porém não faz nenhum sentido!
Fui preparar-me para sair e ao ligar o carro o bicho não sustentou a lenta. Morreu! Tive que desligar o sensor da marcha lenta pra poder sair sem deixar o carro morrendo, mas o ponteiro da gasolina desceu bem rápido com essa bagunça toda.
Sexta-feira, dia 12, resolvi comprar um rolo de fita isolante e me preparar psicologicamente para o sábado.
Chega o sábado, dia 13, então coloco em ação o plano de revisar cada pedaço de fio do carro. O que estiver desencapado, aparentando quebra, sujeira ou coisa do tipo, será refeito. Acabei refazendo todo o conector do sensor da borboleta, que estava com os fios expostos. Com o uso de estilete, aqueles ferrinhos de dentista, ferro de solda e outras ferramentas , fiz o que pude.
No final, mantive o sensor da borboleta antigo e dei partida no carro. Sustentou perfeito. Liguei e desliguei diversas vezes sem tocar no acelerador. Não morreu!
Sai a noite com o carro, enfrentando inclusive estacionamento lotado de shopping e o bola não soluçou uma vez se quer. Na verdade, ficou melhor que já estava antes de apresentar esse problema.
Não deu nenhuma cabeça e nem ficou com a aceleração no vazio, o que ocorria normalmente quando retomava a aceleração em uma curva.
Bom, acho que era algum mau contato, só não sei onde.
Conclusão disso tudo.
Comece pelo começo. Problema de injeção pode ser na fiação, alguma peça com mau contato, algum fio que partiu, óleo que espirrou em um conector e está isolando, coisas do tipo.
Nunca altere o parafuso do batente do cabo do acelerado.
Até a Sonda Lambda (sensor de oxigênio) removi e deu uma limpeza e refiz as emendas que algum eletricista seboso já havia feito anteriormente.
0 comentários:
Postar um comentário